Total de alertas de desmatamento na Amazônia em outubro é o maior para o mês na série histórica, apontam dados do Inpe


Maior parte da área desmatada da floresta em outubro foi no Pará. Amazônia Legal teve uma área de 836,23 km² sob alerta de desmatamento. A Amazônia Legal teve uma área de 836,23 km² sob alerta de desmatamento em outubro, a maior para o mês desde que o monitoramento começou em 2015, mostram dados atualizados nesta sexta-feira (13) pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os alertas foram feitos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que produz sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares (0,03 km²), tanto para áreas totalmente desmatadas como para aquelas em processo de degradação florestal (exploração de madeira, mineração, queimadas e outras). SATÉLITES: Entenda como funcionam satélites que monitoram desmatamento na Amazônia O sistema aponta áreas com marcas de devastação que precisam ser fiscalizadas pelo Ibama, e não as taxas oficiais de desmatamento, que costumam ser maiores do que as registradas pelo Deter. Persistência do desmatamento Em julho, a Amazônia Legal teve uma área de 1.658,97 km² sob alerta de desmatamento; em agosto foram 1.358,78 km²; e em setembro, a área foi de 964,45 km². A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro, e engloba a área de 8 estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e parte do Maranhão. A maior parte da área desmatada da floresta em setembro foi no Pará (veja gráfico). Os municípios que mais desmataram foram: Porto Velho (RO): 52,74 km² Lábrea (AM): 36,67 km² Pacajá (PA): 36,55 km² São Félix do Xingu (PA): 28,09 km² Portel (PA): 27,76 km² Placas (PA): 23,97 km² Senador José Porfírio (PA): 23,26 km² Altamira (PA): 22,93 km² Anapu (PA): 21,31 km² Uruará (PA): 18,51 km² Deter x Prodes Vista aérea de área queimada na Amazônia, perto de Apuí, no Amazonas, no dia 11 de agosto. Ueslei Marcelino/Reuters Os alertas do Deter não representam, entretanto, a taxa oficial de desmatamento. Ela é medida por outro sistema do Inpe, o Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite). VÍRUS: Próxima epidemia ‘já está a caminho’, alerta médico sobre desmatamento na Amazônia A taxa oficial é divulgada uma vez por ano e também considera os números de agosto de um ano a julho do ano seguinte. Os dados de 2019-2020 ainda não foram divulgados, mas, no ano passado, a taxa oficial foi 42% maior do que apontavam os satélites do Deter. Os números do Prodes costumam ser, historicamente, maiores do que os do Deter. Brasil tem piora em indicadores de desmatamento na Amazônia e de emissões de gases Queimadas O desmatamento e as queimadas estão relacionados. O fogo é parte da estratégia de “limpeza” do solo que foi desmatado para posteriormente ser usado na pecuária ou no plantio. É o chamado “ciclo de desmatamento da Amazônia”. O número de focos de incêndio na Amazônia também vem alcançando altas históricas: as queimadas na floresta este ano já ultrapassam as vistas em todo o ano passado. Em outubro, o bioma registrou o maior acumulado de fogo na floresta desde 2010: 93.356. Em setembro, o acumulado para o período também foi o maior desde 2020. Agosto foi o pior na história em número de incêndios no Pantanal: foram 8.106 registros. Veja VÍDEOS sobre meio ambiente:

Artigo originalmente publicado primeiro no G1.Globo

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